A UFVJM
A UFVJM
Da FaFeOD A UFVJM
Fundada em 30 de setembro de 1953 por Juscelino Kubitschek de Oliveira e federalizada em 17 de dezembro de 1960, a Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina (Fafeod) transformou-se em Faculdades Federais Integradas de Diamantina (Fafeid) em 04 de outubro de 2002, que foram elevadas à condição de Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em 06 de setembro de 2005, tendo sido publicada a transformação no Diário Oficial da União em 08 de setembro de 2005, através da Lei nº 11.173, de 06 de setembro de 2005.
A mudança Institucional, além de representar a redefinição da organização acadêmica, proporcionou reorientar os cursos oferecidos à grande diversidade cultural existente no Brasil e às novas características do mercado de trabalho, atendendo aos avanços e às novas tecnologias de produção.
A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri é constituída de três campi, sendo o Campus I e o Campus JK localizados na cidade de Diamantina (MG), abrigando seis faculdades e 23 cursos de graduação; e o Campus Avançado do Mucuri, localizado na cidade de Teófilo Otoni (MG), que abriga três faculdades com nove cursos de graduação.
A área de Pesquisa e Pós-Graduação da UFVJM coordena, supervisiona e dá suporte a todas as ações de pesquisa e pós-graduação no âmbito da Universidade, tendo como meta fortalecer a mesma, buscando ocupar uma posição de destaque dentre as instituições de excelência em pesquisa em ensino de pós-graduação no Brasil.
Na área de Extensão e Cultura, a UFVJM entende a extensão universitária como um processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e sociedade, contribuindo para o desenvolvimento sócio, econômico e cultural dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
A instituição conta com aproximadamente 500 servidores, entre professores e técnicos administrativos. Desde a sua criação, a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri vem desenvolvendo um importante trabalho de ensino, pesquisa e extensão, priorizando sempre a prestação de serviços às comunidades dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri.
Os primeiros passos
A Faculdade de Odontologia de Diamantina foi criada em 1953, pelo diamantinense Juscelino Kubitschek de Oliveira – então governador do Estado de Minas Gerais – através da Lei Estadual nº 990, de 30 de setembro de 1953.
Juscelino, uma vez eleito governador, preocupou-se em ajudar de alguma forma a sua terra natal. Dentre alguns projetos, pensou numa escola de nível superior, e a intenção inicial foi criar um curso de Mineralogia, atendendo às características da região, essencialmente mineral. Foi quando o dentista e grande amigo do governador, professor Pedro Paulo Penido, que exercia na época o cargo de reitor da Universidade de Minas Gerais, por indicação e apoio do próprio Juscelino sugeriu a criação de uma Faculdade de Odontologia.
Surgiu, assim, a ideia de criar a Faculdade de Odontologia de Diamantina, que ia ao encontro de um dos objetivos da época: a interiorização do ensino superior. Naquela ocasião, havia faculdades de Odontologia apenas em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Alfenas e Uberaba. A Faculdade de Diamantina veio para atender às necessidades de uma grande área, constituída principalmente pelo norte e nordeste do Estado.
No início de maio de 1954, entrou em funcionamento o curso de Odontologia, com 15 alunos matriculados no primeiro ano. Durante um determinado período do ano de 1954, o curso funcionou provisoriamente no prédio de um grupo escolar, sede da atual Escola Estadual Júlia Kubitschek. Como esta precisou ocupar o seu espaço, houve a mudança do curso de Odontologia para a casa do “Sr. Neco Mota”.
Paralelamente a isso, foi construído o edifício-sede da Faculdade em terreno situado à Rua da Glória, num projeto de autoria do arquiteto Oscar Niemayer, tendo sido inaugurado em 1955. Tal prédio possuía uma policlínica com 15 equipos instalados e uma outra sala com cinco equipos para a prática de Ortodontia e de Odontopediatria. Os consultórios dentários eram os mais modernos para a época, existindo ainda um aparelho de Raio-X, três salas para aulas teóricas e salas individuais para a prática das 12 disciplinas do curso. Além disso, foram projetadas salas para ocupação do setor administrativo.
O curso foi idealizado para ser ministrado em apenas três anos e a grande maioria do corpo docente era de Belo Horizonte. Os professores eram selecionados dentre os melhores profissionais da Odontologia da época, principalmente aqueles que eram bem sucedidos em seus consultórios. Eles se deslocavam até Diamantina, semanalmente. Além de deixarem temporariamente suas famílias e seus consultórios, enfrentavam, muitas vezes, viagens penosas e desgastantes, notadamente porque a estrada de Pedro Leopoldo até Diamantina não era asfaltada.
Na ocasião, distinguiam-se dois grupos de docentes: os professores catedráticos e os professores assistentes. Os pertencentes ao primeiro grupo foram Gudestey Medeiros (que se tornou o primeiro diretor da Faculdade, de 1954 até 1956), Enyr Arcieri, Guilherme Armond, Rubens Guzella, Fausto de Paula Pinto, Walter José de Carvalho, Marciano Ribeiro Vianna, Roberto Rocha, Pedro Luiz Diniz Viana, Arnaldo Marques de Souza e José Severiano Brasil de Lima.
Quanto ao grupo dos professores assistentes, dois deles também eram de Belo Horizonte, Silvio Lourenço Strambi e Osmir Luiz de Oliveira. Os outros eram de Diamantina, profissionais tão bons quanto os outros de suas especialidades: Augusto César, José de Araújo Flecha, Evandro Souza Couto, Algemiro Duarte Neto, João Antônio Meira, José Aristeu de Andrade, João Antunes de Oliveira, Giovanni de Miranda Pereira e Dirceu Antônio dos Reis. Fonte:https://www.ufvjm.edu.br/5anos/historia.html?lang=pt_BR.utf8,+pt_BR.UT